Surge mais um crepúsculo nesta vida desamparada;
Meus olhos deslumbram o resultado do que minha alma sente;
O desejo do suicídio é inevitável, ardente, deplorável;
Se o próprio fel rejeita esta alma, o que mais lhe resta na vida?
A discórdia de teus inimigos e a intolerância de teus amigos...
Doem como chicotadas, feridas que não cicatrizam na alma;
O vento teu ultimo consolo, Nega-lhe tocar os cabelos escuros;
Cabelos tão cumpridos quanto o desprezo que sentia por ti.
A minha flor tinha tanta pureza;
A minha flor tinha tanta avareza;
Pois esta rosa deserta e só, possui pétalas mortas;
Este poeta que lhe acariciou, não está tão longe dela;
È outro morto no mundo dos vivos, mundo repugnante;
Ignorância querer existir neste, que chamam de lar;
Mais a tolice é continuar aqui e não se importar com os outros;
Teu desejo incontrolável subirá a mente como o álcool que consome;
Liberte-se desses almejos, amargura e outros que lhe destrói;
Seja a ultima gota da tempestade que vem chegando;
Liberte seu ultimo suspiro plantinha, antes de morrer de cede.